Não é sobre mim ou sobre o que sinto
Mas sobre estar apta  para fazer o certo.
O tempo passou e guardei  na memória  um menino carinhoso,  inseguro e muito amoroso.
A distância me fez guardar somente os momentos bons e edificantes.
Sempre soube que ele era especial
Mas de alguma forma bloqueei a informação que seria pra sempre.
Olho pra trás e agradeço,  pois estes anos que estivemos longe, a Vida me preparou  pata receber de volta meu menino agora em formato de homem.
Inconscientemente,  eu busquei alguém que de alguma forma  que me emocionou e me ensinou a amar ,  cuidar,  zelar,  proteger de forma incondicional.
Hoje tenho diante de mim um homem,  porém encontro nele o mesmo menino de outrora.
Ouço relatos sobre as dificuldades de comunicação ou relacionamento
Mas, pelo pouco convívio ou talvez por uma negação inconsciente não conseguia acreditar ou compreender.
Diante da proposta de passar mais tempo  juntos ,consigo observar alguns possíveis  desafios  que poderemos enfrentar juntos.
Este convívio prolongado,  mostra que precisamos nos conhecer novamente.  Reconhecemos o amor que nos une mas não as pessoas que nos tornamos.
Saber que meu doce menino pode ser agressivo,  diante de uma frustração,  sem medir ou controlar sobre quem irá desferir sua força.
Perceber sua impotência diante de um mal estar ou  confronto com obstáculos diários.
Reconhecer que meu bebê, hoje é um homem  .mas, não deixou de ser um bebê.
Peço a Deus,  que me dê  força, sabedoria  e saúde  para conseguir contribuir para o bem estar dele,  para um possível  desenvolvimento  ou amadurecimento.
Tenho passado por alguns momentos,  que exigem minha atenção e paciência. Auto controle e muito amor.
Hoje , passamos uma prova de fogo.
Acordei com ele gritando desesperado   Chegando ao quarto me deparei, com  alguém apavorado, vomitando muito, sem ter a reação de ir até o banheiro ou desviar das coisas pra vomitar.
Devido ao seu tamanho não conseguiria pega lo nos braços mas precisei conduzi lo até o banheiro,  despi lo, coloca lo sob o chuveiro e devido ao estado de hipotermia, entrar de roupa mesmo sob a água  para aquece lo e mante lo em pé  
Após banha lo, precisei superar minha própria náusea para limpar tudo, para que ao passar por ali, ele não repetisse o evento.
Coloquei o sob cobertas e o aqueci. Em meus braços.. Enquanto isto, ele chorava compulsivamente.
Aos poucos foi se acalmando, então consegui vestir lo
Neste  momento,  ele está dormindo,  ao observar  volto ao passado e vejo meu menino. Mesmo tendo a consciência que ali está o corpo de um homem.